Nessa semana eu aprendi - Semana 11 de 2025
Nessa semanita tivemos algumas novidades interessantes no ecosistema do Terraform. Dentre elas, destaco duas que me chamaram bastante atenção:
Terraform 1.11
A HashiCorp (agora oficialmente uma empresa da IBM) lançou essa semana a versão 1.11 do seu principal produto de gerenciamento de infraestrutura. Além das tradicionais correções de segurança e melhorias de performance, essa lançamento trouxe novidades no gerenciamento de valores efêmeros, introduzidos originalmente na versão anterior do produto.
Explicando: valores efêmeros não são persistidos em artefatos como o arquivo de plano (plan file) ou arquivo de estado (state file).
No Terraform 1.10, valores efêmeros só podiam ser usados em outros contextos efêmeros, como:
Variáveis de entrada efêmeras
Valores de saída
Blocos de provedor e provisionador
Recursos efêmeros
Com o Terraform 1.11, já conseguimos usar valores efêmeros em recursos gerenciados (managed resources) por meio da introdução de argumentos somente gravação (write-only arguments).
Argumentos somente gravação são argumentos de um recurso que só podem ser gravados, e não lidos. Semelhante a valores efêmeros, argumentos somente gravação não são armazenados em artefatos do Terraform como o arquivo de plano ou estado.
Na Azure, os seguintes recursos gerenciados suportam esse tipo de argumento:
Outros recursos gerenciados dos principais provedores e serviços de nuvem também são suportados, tais como aws_db_instance (AWS) e Kubernetes_secret_v1 (Kubernetes).
Para mais informações, vocês podem consultar as notas de lançamento da versão 1.11 aqui.
Nota: aliás, fica aqui a dica para que vocês assinem a newsletter da HashiCorp; eles sempre publicam coisas interessantes, além é claro de anunciar as novidades dos seus próprio produtos. Você encontra o campo de inscrição no rodapé da página oficial da empresa.
Pike
Ainda não tive a oportunidade de fazer uma prova de conceito dessa ferramenta, mas ela me parece promissora.
Pike é um utilitário para determinar as permissões mínimas requeridas para os recursos de infraestrutura planejados via Terraform, inspirada (pelo que pude perceber) no célebre iamlive. A diferença é que o Pike gera essas permissões estaticamente, o que é bastante interessante.
Atualmente, Pike oferece suporte aos principais provedores de nuvem (AWS, GCP e Azure); o Azure é o mais novo, com o AWS tendo o suporte mais robusto. Mas não tema! Você pode contribuir com o projeto, afinal ele é open source - o software é abrangido pela licença Apache 2.0.
Você pode conhecer mais detalhes sobre esse “jovem craque” através desse link.
Espero que você tenha curtido as novidades que descobri essa semana! Até a próxima!